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Aumento do uso de antirretrovirais

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Aumento do uso de antirretrovirais aproxima fim da epidemia de Aids, afirma relatório das Nações Unidas


Relatório recente do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) estima que a epidemia de Aids possa terminar até 2030. O documento revela que o aumento expressivo na cobertura do tratamento com antirretrovirais e a consequente supressão viral dos infectados, tem contribuído para eliminar a doença em todo o mundo. De acordo com a organização, houve uma queda considerável no número de novos casos de HIV, o que significa que os níveis de contágio não serão mais epidêmicos. Os dados revelam que atualmente, dos 39 milhões de pessoas vivendo com vírus em todo o mundo, 29,8 milhões estão recebendo tratamento que salva vidas. A quantidade representa um adicional de 1,6 milhão de pessoas receberam tratamento em cada um dos anos de 2020 e 2022.

A organização estima que, se esse crescimento anual for mantido, a meta global de 35 milhões de pessoas em tratamento até 2025 poderá ser alcançada. O relatório também aponta que o acesso à terapia antirretroviral aumentou maciçamente na África, Ásia e Pacífico, que juntas abrigam cerca de 82% de todas as pessoas infectadas. A Unaids defende que os elementos fundamentais de uma resposta bem-sucedida à AIDS são construídos por meio de parcerias entre países, comunidades, doadores e o setor privado.

O documento releva que o acesso facilitado ao tratamento evitou quase 20,8 milhões de mortes nas últimas três décadas. No geral, o número de óbitos relacionadas à AIDS foi reduzido em 69% desde o pico em 2004. Globalmente, quase três quartos (71%) das pessoas com vírus em 2022 (76% das mulheres e 67% dos homens) apresentavam cargas virais suprimidas. No entanto, a supressão da carga viral em crianças era de apenas 46%. As estimativas de 1,3 milhão de novas infecções em 2022 foram as menores em décadas, com declínios especialmente significativos em regiões com maiores cargas de HIV.

As maiores reduções no número de novas infecções ocorreram entre crianças (de 0 a 14 anos) e jovens (de 15 a 24 anos), que nos últimos anos foram alvo de intervenções eficazes. Os dados revelam que as mulheres tiveram maior cobertura de tratamento contribuindo para uma queda de 58% no número anual de novas infecções em crianças globalmente entre 2010 e 2022, para 130 mil [90 mil a 210 mil], o menor número desde a década de 1980. Os programas de prevenção da transmissão vertical evitaram 3,4 milhões de novas infecções por HIV em crianças desde 2002.

Maior avanço foi observado em países que estabeleceram e mantiveram um forte compromisso político de colocar as pessoas em primeiro lugar e investir adequadamente em estratégias comprovadas. Foram priorizadas abordagens inclusivas que respeitam os direitos humanos e envolveram as comunidades afetadas na resposta ao vírus, reduzindo ou removendo fatores sociais e estruturais que deixam as pessoas em risco. Contudo, adolescentes e mulheres jovens ainda enfrentam riscos altos de infecção em muitas partes da África, assim como as populações-chave em todos os lugares. As desigualdades de gênero e outras, juntamente com a violência, o estigma, a discriminação prejudicam sua capacidade de se proteger do HIV.

Referencias: Link: http://bit.ly/3shwOvh | Relatório: https://bit.ly/3E0gce6

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