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Incidência de infecção por hepatite

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Incidência de infecção por hepatite C é quatro vezes menor entre gays e bissexuais usuários de PrEP, indicado estudo


Um estudo conduzido por pesquisadores australianos, apresentado na 24a Conferência Internacional Conferência de Aids, mostra que a incidência de infecção por hepatite C é quatro vezes menor em usuários de PrEP gays e bissexuais do que era antes dos antivirais de ação direta para o tratamento se tornassem disponíveis sem restrições em países de renda mais alta. Michael Traeger e colegas do Burnet Institute e da Monash University, Melbourne, realizaram uma revisão sistemática e meta-análise para investigar a ocorrência da enfermidade durante o uso do tratamento em cootes de homens gays e bissexuais, bem como a prevalência de anticorpos contra hepatite C e sua forma crônica em pessoas LGBT iniciando a PrEP.

Os pesquisadores identificaram 18 estudos publicados entre 2015 e 2022 que relataram existência da hepatite C, realizados na Austrália, América do Norte e Europa. Inclusive, foi maior nos estudos que começaram antes do amplo acesso aos antivirais de ação direta do que nos estudos que iniciaram o acompanhamento após o amplo acesso. Doze estudos que iniciaram o acompanhamento antes do amplo acesso informaram variação da doença de zero casos por 100 pessoas-ano de acompanhamento a 2,93 registros por 100 pessoas-ano de acompanhamento, mas os intervalos de confiança em muitos desses estudos eram largos. A meta-análise estimou resultado para o diagnóstico positivo combinado de 1,27 por 100 pessoas-ano antes do acesso amplo.

Após amplo acesso, seis estudos identificaram ocorrência substancialmente menor, em todas as situações abaixo da média combinada para os 18 estudos na meta-análise, com uma incidência combinada de 0,81 casos por 100 pessoas-ano de acompanhamento -acima. A metanálise também encontrou maior prevalência de exposição prévia à hepatite C, indicada pelo anticorpo da doença e sua infecção crônica, evidenciada pelo RNA, anterior ao amplo acesso antiviral de ação direta. Antes do acesso amplo, 1,75% das pessoas que iniciaram a PrEP tinham anticorpos para hepatite C, em comparação com 0,63% no período após a ativação do acesso amplo.

Da mesma forma, a prevalência do HCV-RNA foi menor nos iniciadores desse tratamento após a ativação do amplo acesso. No período anterior, a prevalência de RNA foi de 0,95%, enquanto a prevalência foi de 0,24% no período posterior. Os autores do estudo dizem que a menor prevalência de HCV-RNA no período de acesso mais amplo não é totalmente explicada pela maior adesão de pessoas com menor risco de adquirir hepatite C com o passar do tempo. Em vez disso, dizem eles, é provável que o declínio na prevalência da doença crônica e aguda devido ao tratamento antes do acesso mais amplo à PrEP explique a incidência substancialmente menor de hepatite C após o acesso mais amplo aos antivirais de ação direta ter sido habilitado.


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