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vírus da hepatite delta

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Pesquisadores apresentam resultado de teste inovador para detecção do vírus da hepatite delta


Estudo desenvolvido pela Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), o Centro de Infectologia Charles Mérieux e a Universidade Federal do Acre (UFAC) descobriu um novo método para detectar a hepatite D, também conhecida como hepatite Delta. O resultado foi publicado revista Scientific Reports da Nature e conta com a participação de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O novo teste permite identificar, além dos anticorpos como no exame tradicional, a quantidade de carga viral presente no organismo do paciente. A novidade foi criada para fins de pesquisa, mas a expectativa é que possa ser usada no Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com os cientistas, o método molecular oferece informações mais detalhadas. A ideia é oferecer à equipe médica dados sobre a evolução do quadro clínico, com resultados que podem ser obtidos em 24 ou 48 horas. Amostras biológicas foram selecionadas entre 2017 e 2023 de pacientes do Ambulatório Especializado em Hepatites Virais do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical de Rondônia e do Serviço de Assistência Especializada e submetidas ao teste desenvolvido por este estudo e a um segundo ensaio quantitativo de RT-qPCR. Nas análises de sensibilidade diagnóstica, houve uma precisão de 97,37% quando comparado ao teste de referência. Este ensaio provou ser altamente eficiente e reprodutível, tornando-se uma ferramenta valiosa para monitorar pacientes com hepatite Delta e avaliar o risco de progressão da doença, bem como a eficácia do tratamento.

Foram coletadas amostras de sangue de 266 pacientes com infecção crônica, positivos para anti-HDV, em acompanhamento para a doença, dos quais 16,54% (44/266) foram identificados como portadores de doença hepática e em tratamento. Desse total, 64,6% (172/266) eram homens, com idade entre 24 e 77 anos. As amostras foram testadas pelo ensaio desenvolvido, onde 22,93% (61/266) apresentaram carga viral quantificável, variando de 2,96 cópias por reação (2,17 Log10 cópias/mL) a 9,01 × 105 (7,65 Log10 cópias/mL) da amostra biológica. Um total de 65,57% (40/61) das amostras positivas apresentam resultados de genotipagem para HDV, dentre os quais 97,5% (39/40) são caracterizados como HDV-3 e 2,5% (1/40) como HDV-1.

Um total de 11,47% (7/61) das amostras foram negativas para o teste de referência, o que corresponde a 2,63% (7/266) das amostras testadas. Quando comparado, o ensaio de desenvolvimento mostrou 100% de sensibilidade, 96,70% de especificidade, 88,52% para Valor Preditivo Positivo e 100% para Valor Preditivo Negativo, com uma precisão de 97,37%. A concordância interobservadores quantificada pela estatística Kappa (K) foi de 0,92 (IC95%: 0,86–0,98), o que mostra uma boa força de concordância entre as análises. Todas as amostras negativas para HDV e positivas para outros vírus (DENV, SARS-CoV e monoinfectados por HBV, N = 26) apresentaram resultados negativos quando submetidos ao teste atual.

Referencias: https://bit.ly/3KK1trD | Artigo: https://bit.ly/3DXkwuq

GileadPro: BR-BVY-0025